Pedro Silva Pereira considera que "o Tratado da Carta da Energia, mesmo com as alterações que foram negociadas não serve nem os objetivos do Pacto Ecológico Europeu, nem o desígnio de uma política energética global sustentável".

Intervindo na sessão plenária, que se reuniu em Estrasburgo, o Vice-Presidente do Parlamento Europeu defendeu que o Tratado já responde às novas prioridades europeias por duas razões: "a Carta da Energia revista continua a proteger novos investimentos em combustíveis fósseis, estando obviamente, em rota de colisão frontal com o Pacto Ecológico Europeu; para além disso, a Carta continua a manter o velho sistema de resolução de litígios entre os investidores e os Estados, que constitui uma ameaça permanente ao interesse público".

O Eurodeputado português concluiu, exortando o Conselho "a aceitar, finalmente, a solução de uma saída coordenada da Carta da Energia, a única que assegura a coerência da política energética com os objetivos do Pacto Ecológico Europeu".