Vigora no Parlamento Europeu um rigoroso “cordão sanitário” contra a extrema-direita – e não é por acaso. Os partidos da extrema-direita, do grupo Identidade e Democracia, a que pertence o Chega, são adversários confessos do projeto europeu, da democracia liberal e dos próprios valores humanistas, incompatíveis com a suas bandeiras populistas e xenófobas.
Assim, foi em legítima defesa dos valores europeus que os grupos políticos democráticos representados no Parlamento Europeu – incluindo o PPE, a que pertence o PSD – acordaram travar o crescimento da influência da extrema-direita recusando eleger os seus candidatos para cargos no âmbito do Parlamento. Graças a essa aliança, nenhum candidato da extrema-direita foi eleito para qualquer dos 14 lugares de vice-presidente do Parlamento ou para qualquer dos 115 lugares de presidente ou vice-presidente nas diversas comissões parlamentares, apesar de se tratar da quinta força política aqui presente. Eles protestam e vitimizam-se? É claro. Mas isso não faz diferença nenhuma.
Texto publicado no InfoEuropa de 11.02.2022 – Newsletter da Delegação Socialista no Parlamento Europeu.