A força dos factos

A semana começou festiva, com o caricato cerimonial de elogios aos “progressos” do programa de ajustamento português. Primeiro, foi a visita da Chanceler Merkel, principal inspiradora das políticas europeias de austeridade; depois, foi a declaração do líder do Eurogrupo, senhor Juncker, que se disse até “muito impressionado” (!) com tanto progresso. Tivesse a semana acabado […]

A refundação já foi

Quando se pensava que já tínhamos visto tudo, eis que a dupla Passos/Gaspar aparece no Parlamento não com um, nem com dois, mas com 4 orçamentos diferentes… Quando se pensava que já tínhamos visto tudo, eis que a dupla Passos/Gaspar aparece no Parlamento não com um, nem com dois, mas com 4 orçamentos diferentes: I) […]

Mais um ano para quê?

Alguma coisa se passa. Agora que está à vista nas economias europeias o falhanço das políticas drásticas de austeridade, começa a ser difícil encontrar os pais da criança. De um lado, vemos o FMI a lançar veementes “alertas”(!) contra os riscos da austeridade excessiva, como se o próprio FMI não tivesse participado activamente na definição […]

Inevitável?

O principal argumento do ministro das Finanças em defesa do Orçamento que o Governo apresentou para 2013 é o tradicional argumento da inevitabilidade: sem este “enorme aumento de impostos”, alega o ministro, Portugal não será capaz de cumprir no próximo ano a meta do défice fixada na 5ª avaliação do Programa de Assistência Financeira: 4,5% […]

O seu a seu dono

Da 5ª avaliação da execução do Programa de Assistência Financeira resultou finalmente o reconhecimento de que o Governo, apesar dos sacrifícios pedidos aos portugueses, vai falhar a meta do défice prevista para este ano. Não é ainda claro o valor exacto desse desvio mas o Ministro das Finanças terá dado aos parceiros sociais a indicação […]

Fecho de contas

O INE reportou a Bruxelas, recentemente, as contas públicas de 2011 em contabilidade nacional, com o respectivo apuramento do valor do défice. Vale a pena analisar os números finais e tirar duas conclusões. Em primeiro lugar, cumpre referir que o défice de 2011 totalizou 7,2 mil milhões de euros. Como é sabido, este resultado só […]

O equívoco

É perfeitamente compreensível que o Governo procure valorizar as avaliações positivas da “troika” sobre o cumprimento do Programa de Assistência Financeira. Mas já não é normal esta encenação trimestral de euforia a propósito das avaliações periódicas, sobretudo quando acompanhadas de preocupantes revisões em baixa do crescimento económico e de brutais revisões em alta do desemprego. […]

A receita

Dão que pensar os primeiros dados da execução orçamental de 2012, referentes ao mês de Janeiro. Naturalmente, é cedo para tirar conclusões. Mas seria um erro ignorar os sinais preocupantes que já se registam, designadamente no capítulo da receita fiscal. Comecemos por registar o óbvio: no primeiro mês do ano, as receitas fiscais, em vez […]

O papel

O papel, já se sabe, não era para ser tornado público. Mas foi. Qual papel? Obviamente, o documento reservado que o ministro das Finanças levou ao Conselho de Ministros informal de 16 de Dezembro e que alguém do Governo, talvez escandalizado, fez chegar a alguém que o fez chegar ao “Diário de Notícias”. O que […]

Embuste colossal

Talvez por terem sido divulgados entre o Natal e a passagem de ano, ou por serem inconvenientes para a doutrina oficial (que alegou um “desvio colossal” supostamente ocorrido no 1º semestre), certo é que não foi dado o merecido destaque aos últimos dados publicados pelo INE sobre o défice em 2011. Os novos dados, porém, […]

Compreender 2011

Nem tudo foi mau. Alguns factos promissores marcaram a evolução do Mundo no ano que agora termina: as “primaveras árabes” e a queda dos ditadores; a morte de Bin Laden e a retirada norte-americana do Iraque. É cedo, porém, para dizer que futuro corresponderá às novas esperanças que estes factos legitimam. Tentação maior será eleger […]

O desmentido

Pronto, está esclarecido: era mesmo mentira. O ministro das Finanças explicou no Parlamento que a decisão de criar o imposto que cortou o equivalente a metade do 13º mês foi uma opção livre do Governo e não o resultado de uma imposição da troika, ao contrário do que tinha sugerido o primeiro-ministro numa das suas […]